sábado, 20 de outubro de 2007

Babilônia - בבל


Babilônia - בבל
Soldados Americanos em frente da reconstrução das ruinas da Babilônia (2003)Babilônia ou Babilónia se refere à capital da antiga Suméria e Acádia, na Mesopotâmia. No moderno Iraque, localiza-se a aproximadamente 80 km ao sul de Bagdád. O nome (Babil ou Babilu em babilônico) significa "Porta de Deus", mas os judeus afirmam que vem do grego Babel, que significa "confusão". Essa palavra semítica é uma tradução do sumério Kadmirra.



Acima ruínas reconstruídas da Cidade de Babilônia

Foi provavelmente fundada por volta de 3800 a.C.. Teve um papel significativo na história da Mesopotâmia. O povo babilônico foi muito avançado para a sua época, demonstrando grandes conhecimentos em arquitetura, agricultura, astronomia e direito. Iniciou sua era de império sob o amorita Hamurabi, por volta de 1730 a.C., e manteve-se assim por pouco mais de mil anos. Hamurabi foi o primeiro rei conhecido a codificar leis, utilizando no caso, a linguagem cuneiforme, escrevendo suas leis em tábuas de barro cozido, o que perservou muitos destes textos até os dias atuais. Daí, descobriu-se que a cultura babilônica influenciou em muitos aspectos a cultura moderna, como a divisão do dia em 24 horas, da hora em 60 minutos e daí por diante.


Acima ruínas dos portais reconstruídos da Cidade de Babilônia

Os arameus, assírios e os caldeus lutaram durante séculos pelo controle da Babilônia. O rei assírio Assurbanipal venceu a luta em 648 a.C., e foi sucedido por Nabucodonosor II.

Assurbanipal foi o rei que mandou criar a biblioteca de tábuas de barro, escritas em linguagem cuneiforme, que, tendo muitas delas sido preservadas até os dias atuais, permitiu aos arqueólogos descobrirem muitos aspectos da vida política, militar e intelectual desta grande civilização. Com esta descoberta, os textos bíblicos puderam ser separados entre o que era fato e o que era mitológico ou simplesmente propaganda ideológica falsa.


Acima ruínas reconstruídas da Cidade de Babilônia

Esta descoberta deve-se ao arqueólogo Austen Henry Layard. A "Biblioteca Real" de Assurbanipal consiste de milhares de tabuinhas de barro e fragmentos contendo textos de vários tipos (inscrições reais, crônicas, mitologia, religião, contratos, cartas reais, decretos, documentos administrativos, entre outros) datando do sétimo século A.C. Este tesouro arqueológico foi encontrado em Kuyunjik (onde ficava Nínive, capital da Assíria).

Estes textos agora encontram-se, em grande parte, no Museu Britânico, em Londres.


Acima vista aérea das ruínas da Babilônia

Liderados por Nabucodonosor II (que também construiu os Jardins Suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo antigo), os babilônios destruíram Jerusalém em 586 a.C., levando os judeus ao exílio babilônico. O rei persa Ciro, o Grande, derrotou os babilônicos em 539 a.C., anexando a cidade e libertando os judeus de seu exílio.


Acima soldados se dirigindo as ruínas da Babilônia

Após a conquista da Pérsia por Alexandre Magno, este imperador fez de Babilônia sua capital, sendo depois capital dos Selêucidas, mas a cidade foi completamente destruída pelos partos anos mais tarde. Sobre suas ruínas foi construída a cidade de Ctensifon, capital da Pérsia Sassânida.


Leão Babilônico gravado no Portal da Babilônia.

Na cultura hebraica, a Babilônia se tornou um inimigo arquétipo do "povo de Deus". Várias referências à Babilônia ocorrem na Bíblia. A cidade de Babilónia é tida, biblicamente, como símbolo de soberba e idolatria. No Novo Testamento, especialmente no livro Apocalipse, referências à Babilônia são comumente interpretadas por algumas religiões cristãs como referências a Roma, como metáfora do poder do Império Romano. Outras denominações cristãs, fazem outras leituras.

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